A Prece do Perdão - Tão Simples e Libertadora!


Aproveite que a semana está começando 
e aprenda a livrar-se do lixo  emocional, sinta-se leve. 
Uma prática tão simples, mas extremamente poderosa e libertadora. 
Faça esta prece todos os dias ao acordar e antes de dormir 
com uma respiração profunda no início e no final. 

Um verdadeiro bálsamo! 

“Se prejudiquei alguém de qualquer maneira, consciente ou inconscientemente, 
por causa da minha própria confusão interior, eu peço perdão.

Se alguém me prejudicou de qualquer maneira, consciente ou inconscientemente, 
por causa de sua própria confusão interior, eu perdôo.

Se há uma situação que eu ainda não sou capaz de perdoar, eu me perdôo por isso.

Por todas as vezes em que eu me fiz mal, me julguei, duvidei ou diminuí a mim mesma 
por causa da minha própria confusão interior, eu me perdôo.”


A transformação será ainda mais profunda e eficaz se após a prece você fizer a Invocação da Luz Divina, clique aqui.

Para descobrir como as vibrações que vem do coração afetam o ambiente, clique aqui.

Se você  pingar uma gota de óleo de lavanda no peito antes de fazer a prece, vai se sentir nas núvens…

Esta prece está sendo feita diariamente neste mês pelo grupo Correndo com Lobos, como preparação para o Capítulo 12, por isso estou postando novamente.

Todos os posts deste mês foram dedicados ao tema deste capítulo, que é o ponto alto do livro.


Os Estágios do Perdão


 O perdão não é uma graça que cai do céu, mas um poderoso ato de criação. Ele é um processo que envolve etapas básicas que valem tanto para o perdão de si mesma como de outros:
1 - Deixar a questão em paz por um tempo.
O perdão não é algo imediato, é necessário dar algum tempo a si mesma, com se desse umas pequenas férias ao assunto.
Isto evita que você acabe com suas forças ruminando o tema e faz com que se fortaleça por outros meios, que  se permita outras alegrias na vida.
Toda vez que o assunto voltar, deixe-o de lado, diga a si mesma que precisa deste tempo e volte a fazer algo que te nutra como tecer, escrever, dançar, nadar, pintar, contemplar a natureza, etc… Isto é medicinal.



2 - Controlar-se, renunciar à punição.
Esta segunda etapa é muito importante: durante esse tempo, desista de punir a si mesma ou à pessoa que cometeu a ofensa. 
Evite resmungos e reclamações, atitudes hostis consigo mesma e com os outros. Isto evita que a negatividade se espalhe e contamine toda a sua alma.
Se tiver necessidade de falar sobre este assunto, escreva um diário ou procure alguém de confiança ou um terapeuta.
Controlar-se é um ato de generosidade consigo mesma, mas se houver momentos de raiva incontrolável, soque uma almofada ou travesseiro até a raiva passar. 
Permita que o tempo faça seu trabalho. 




3 - A Reparação
 Ouça sua alma, ela vai lhe mostrar quando já foi tempo suficiente. Então, com menos energia dispersa pela raiva, pode-se pensar na possibilidade de reparação do ato. Se for possível, busque a reparação sem causar mais sofrimento a si mesma ou ao outro. Mas nem sempre é possível; e se não for, é necessário criar uma reparação simbólica. Se tiver dificuldade com isso, a ajuda de um terapeuta pode ser importante.



4 - Esquecer, afastar da memória, recusar-se a repisar
Passado o tempo de fortalecimento, da reflexão e da reparação, é hora de esquecer o assunto ou pelo menos recusar-se a repisá-lo vezes sem conta. 
Cada vez que você remói algo, fortalece os circuitos neuronais que o mantém na memória, e ativa o sistema límbico (responsável pelas emoções) que produz uma grande quantidade de neurotransmissores que fazem seu corpo reviver todo o sofrimento. 
Se evitar conscientemente fazê-lo, afastando a cena da mente e buscando outros interesses, você deixa de reforçar esses circuitos e o assunto deixa de ocupar o plano principal da sua vida. Desapegue, deixe ir. Pratique esta etapa durante o tempo que achar necessário.


5 - Abandonar a dívida
Nesta fase, você vai fazer a decisão consciente de deixar de abrigar o ressentimento. É você que decide quando perdoar, e qual a dívida que agora não precisa mais ser paga. 
Você decide também o como: se vai perdoar só por enquanto, ou se vai perdoar mas não vai dar outra chance, ou vai dar uma segunda chance, ou se vai perdoar mas precisa se afastar daquela situação que a prejudica, ou se consegue perdoar  apenas uma parte da ofensa, ou se vai perdoar totalmente. É você quem decide.
Você também decide qual o ritual simbólico que vai marcar este evento. É muito importante marcar simbolicamente a finalização deste processo.


E como saber que perdoou?
Você passa a sentir tristeza ao invés de raiva, e compaixão ao invés de irritação. Você compreende o sofrimento que provocou a ofensa e prefere se manter fora daquele meio. Você não espera por nada.
Aos poucos, você pára de pensar no assunto, a vida volta a seguir e a brilhar.


Clique aqui para reler o post anterior, onde falamos dos limites da raiva e do perdão.

Há duas práticas muito úteis nestes momentos: A Invocação da Luz Divina (aqui) e a Prece do Perdão, que publicarei a seguir.



Os Limites da Raiva e do Perdão - Parte 2


E então,  como fica a questão da raiva e do perdão?

A raiva é um sentimento inerente à condição humana. Ela tenta nos avisar que perdemos o controle sobre uma pessoa ou situação. Reflete algo que precisa de atenção. Não é boa nem ruim, depende do uso que faremos dela.

Por trás da raiva geralmente há dor ou medo que temos dificuldade de encarar. Achamos que é mais fácil encobri-los com raiva, já que ela aparentemente nos deixa mais fortes. Só que essa força é uma ilusão, pois a energia é retirada do nosso interior e direcionada para fora, o que nos deixa exaustas.

Quando ficamos bravas com uma pessoa, achamos que estamos recuperando o controle, mas o que de fato acontece é que estamos perdendo o controle de nós mesmas.


A melhor estratégia é ser uma observadora da sua raiva e verificar se está relacionada a algo vital que necessita de reparação. Ou o contrário, se era desnecessária ou fruto de um mal entendido. Afaste-se um pouco e  contemple a natureza ou um horizonte mais amplo, permita-se tempo para examinar a questão. As etapas descritas na parte 1 deste post podem ser de grande ajuda.

A raiva sempre pede um ato reparador do outro ou de nós mesmas para que se restaure o equilíbrio e possa acontecer o perdão.

Diferente do ódio, que não busca reparação nem melhora da situação, mas apenas a destruição do objeto ou do outro. E neste caminho a pessoa acaba destruindo a si mesma. O ódio é o polo extremo do princípio do poder e da ausência de amor.


O Perdão é a saída para a raiva. Inclusive e principalmente o perdão de nós mesmas! Ele não é uma graça, algo que cai do céu, nem algo que simplesmente acontece, ele é um ato de criação. Talvez o mais poderoso ato de criação que podemos realizar…

As pessoas acreditam que o perdão é absoluto, ou tudo ou nada, que perdoar é esquecer, ou fingir que não aconteceu e etc…Isto é pura fantasia, talvez seja real para alguns santos iluminados, mas não para a maioria dos seres humanos. Não é à toa que o capítulo diz: os limites da raiva e do perdão...

Por ser um ato de criação, podemos decidir: 

se precisaremos de um ato reparador para isso, 
se vamos perdoar até que o fato aconteça novamente, dando uma segunda chance,
se perdoamos, mas percebemos que aquela pessoa/situação não nos faz bem e nos afastamos,
se não podemos perdoar agora, mas talvez um dia,
se vamos simplesmente esquecer…

O perdão tem muitas camadas, várias estações, e todas são válidas. O importante do perdão é começar e persistir pois o  processo é longo, mas o resultado é profundamente transformador.


Como você sabe que perdoou? Quando passa a sentir tristeza ao invés de raiva. Você passa a compreender o sofrimento que causou a ofensa, prefere se manter fora daquele meio e não espera por mais nada. 

Com o tempo passa a não pensar mais tanto naquilo, sente que a vida começa a seguir seu curso e volta a brilhar.


P.S.: Vou fazer um post sobre as camadas e estações do perdão, aguardem.

Correndo com Lobos - Capítulo 12 - O Urso da Meia Lua - Os Limites da Raiva e do Perdão - Parte 1

Tela de autoria de Eliana Atihe

Chegamos ao Capítulo 12, o ponto culminante de todo o livro! 

Ganhamos este lindo presente da querida amiga Eliana Atihe: a tela ilustrativa da história que você pode ver logo acima.

Foram quatro horas de trabalho intenso, e seria impossível resumir aqui tudo o que discutimos e experimentamos nas vivências, mas vou tentar dar umas dicas.

Baseado no folclore japonês do século VI, é um Conto de Revelação, que permite um grande salto na consciência. Se você não tem o livro, pode ler o conto aqui.

Do ponto de vista simbólico, todos os personagens são aspectos da personalidade de uma única pessoa, portanto o conto nos ensina as etapas que devemos percorrer para cuidar dos aspectos feridos de nossa alma.


1 - encontrar uma força calma e restauradora dentro de si mesma através do silêncio, do aquietamento, do contato com a natureza ou do contato com alguma pessoa sábia. No conto, esta força é representada pela curandeira.

2 - acolher e amar seus aspectos feridos, o que se traduz em coragem para aceitar o desafio necessário para a cura. No conto, isto é representado pelo amor da mulher ao seu marido ferido na guerra, e a coragem para subir a montanha e encarar o urso.

3 - reconhecer as ilusões, agradecer e deixá-las ir. Perceber quais crenças limitadoras nos acompanharam até aqui e permitir a abertura para uma compreensão mais profunda sobre nós mesmas. No conto, isto é representado pela reverência que  a mulher fazia a tudo, e as árvores afastavam seus galhos para que ela passasse.

4 - dar descanso aos nossos mortos: velhos sentimentos, arrependimentos, possibilidades não vividas…é preciso fazer o luto do que não pudemos realizar e permitirmos o desapegar, para que a vida continue e algo novo possa surgir, e isto exige tempo.  É representado no conto pelos fantasmas dos mortos que não tinham família para sepultá-los, e o gesto da mulher que pára no caminho para orar e dar descanso a cada uma dessas almas, mesmo que atrasasse um pouco sua jornada.

5 - agradar ao grande Self e o reconhecimento do lado selvagem da psique. No conto, isto é representado pelo cuidado e pela estratégia na aproximação ao Urso. Lembrando que o Self tem o polo abstrato (mental) e o polo instintivo (físico - representado pelo Urso), e ambos precisam ser honrados.

6 - trazer todo este conhecimento para a vida real. Simbolizado pela curandeira que queima o pelo branco do urso e manda a mulher repetir com o marido tudo o que tinha aprendido nessa jornada.


Todas as vivências foram realizadas com base em práticas de cura ancestrais, fizemos um aquecimento para liberar as tensões e a raiva contida, harmonização com a respiração da árvore e depois passamos para o movimento autêntico.

Você pode ler o lindo poema coletivo que surgiu à partir da vivência aqui.

Terminamos com uma vivência para a criação de um talismã para cada uma. 

Lembrando o sentido original dessa palavra: talismã é um objeto que nos lembra de um aprendizado de valor inestimável, que nos lembra da nossa própria conexão com a totalidade.

Mas afinal, onde entram os limites da raiva e do perdão? Você vai ver na segunda parte!


Prática Para Lidar com o Medo e a Raiva



     Esta é uma prática simples que ajuda muito quando estamos com dificuldade de lidar com um problema ou questão que nos causa raiva ou medo. Ela é feita em pé.
 1 - Respire normalmente. Perceba como está sua respiração e como está o seu corpo.

 2 - Inspire elevando os braços até a altura do peito. Cerre os punhos  e prenda a respiração. Mantendo os pulmões cheios, soque o ar com força imaginando que a fonte do seu medo e/ou sua raiva está diante de você. Imagine que tem um saco de areia na sua frente. Bata com vontade, o ar não machuca.

 3 - Quando quiser soltar o ar, solte de uma vez pela boca com um soprão e relaxe soltando todo o corpo à frente. Volte lentamente à posição inicial. Se quiser, pode soltar o ar com um som como “Ah!” em voz alta.

Não prenda a respiração por muito tempo pois pode causar tonturas. Somente o tempo que você normalmente aguenta, sem forçar.

Repita este exercício de três a cinco vezes e depois observe como ficou sua respiração e o seu corpo.  Finalize com três respirações profundas. 
Se quiser aumentar seu bem estar,  faça a Respiração da Árvore (aqui), é uma delícia.

Esta prática traz grande alivio... 
Conseguimos lidar melhor com o problema, com mais clareza e centramento. E o medo e a raiva foram embora!