O Terceiro Ponto - Técnica Maravilhosa Para Harmonização dos Relacionamentos

Também chamado de "Ponto Transcendente"  de União Entre Todas as Pessoas. 
Este é um  instrumento fundamental para nossas vivências corporais e muito útil para profissionais que trabalham  com o cuidado de outros em qualquer área. Pode ser utilizado também  em qualquer tipo de relacionamento  e  principalmente quando temos de enfrentar pessoas ou situações difíceis.
As pessoas sempre perguntam: Como você consegue atender tantas pessoas em sofrimento sem ficar contaminada, sem deprimir? E eu digo que além de gostar muitíssimo do que faço, estou sempre ligada a meu Terceiro Ponto.
Aprendi esta técnica através dos ensinamentos do Professor Petho Sandor, durante o processo de formação como analista e também terapeuta corporal.
É um ponto de ancoragem e centramento que nos tira da relação direta Eu-Tu, estabelecendo um terceiro elemento além das duas pessoas, funciona como ponto de conexão entre os dois e ao mesmo tempo  funciona como um filtro. 
Krishnamurti, o grande sábio indiano, na simplicidade e clareza do pensar oriental, conseguiu criar uma imagem de beleza cristalina:
     "... os homens são como moléculas de água num oceano...elas são parte dele e ao mesmo tempo vivem dele e se relacionam entre si..." 
O Dr. Sandor ressaltava a importância de ser considerado o fato de que sempre, entre duas pessoas, existia a presença de um ponto em comum que estava além das vontades e dos pensamentos  da consciência. Esse ponto nas profundezas do inconsciente poderia ser considerado o campo  em comum entre ambas as partes, podendo ser chamado de Terceiro Ponto (para os iunguianos também é chamado de Self - o centro organizador da Psique)
A técnica é muito simples. Imagine que entre você e seu interlocutor  está o seu terceiro ponto, um pouco acima das suas cabeças. Uma linha liga você ao terceiro ponto e dele parte outra linha em direção ao interlocutor, formando um triângulo imaginário. 
Para facilitar a conexão, geralmente sugerimos que a pessoa visualize aquilo que é mais sagrado para ela como sendo seu terceiro ponto.  Uma imagem que lhe transmita a sensação de amor, de paz. Esse elemento é quem faz a ligação entre as duas pessoas. 
Se a pessoa for religiosa, pode  ser uma imagem ligada à sua fé, mas não necessariamente,  pode  também ser um elemento da natureza  ou outra imagem que lhe traga essa sensação de harmonia. 
Você pode visualizar o ponto transcendente inclusive sozinha, essa conexão traz mais presença, calma e concentração em qualquer atividade que estiver fazendo.
Pode por exemplo colocar seu terceiro ponto entre você e um livro para poder se concentrar melhor na leitura, conectar-se através do terceiro ponto a um instrumento ou ferramenta de trabalho...as aplicações são muitas.
À medida que vamos treinando colocar o terceiro ponto em nosso cotidiano, ele vai ficando cada vez mais natural e presente. Você perceberá que efeito interessante acontece: as relações tornam-se menos tensas e mais harmoniosas. Nossa percepção da situação fica mais clara, conseguimos conversar, argumentar e negociar conflitos com muito mais tranquilidade.    
Para aqueles que são cuidadores, o ato de cuidar torna-se muito mais leve.
Atividades complexas podem ser realizadas com fluidez e estado de presença, com menos desgaste físico e mental. 
Experimente! 


Eros e Psique - O Gran Finale!



Parecia que era o final da jornada para Psique...

Mas Zeus, o grande Rei do Olimpo e marido de Hera, já andava meio impaciente com os caprichos de Afrodite e achou que desta vez ela tinha passados dos limites com a pobre princesa.

Então, quando Psique se deparou com o despenhadeiro, surgiu a águia de Zeus; que tirou o jarro de suas mãos e voando muito alto conseguiu pegar um pouco da água do rio  Estige.

Mas Afrodite não se daria por vencida, reservou sua principal armadilha para o final...

Agora, Psique teria que ir até o Reino de Hades (o mundo dos mortos) e trazer um pouco da beleza da Rainha Perséfone. Quem vai até lá não volta, agora se livraria da jovem.

Psique também  não iria desistir...

Quando chegou no início da trilha para o Hades, uma grande torre de pedra a chamou e lhe deu instruções detalhadas para poder ir e voltar viva!

Primeiro deveria ter duas moedas de prata para o barqueiro Caronte, que fazia a travessia do rio das almas.  Uma para pagar a ida e outra para a volta.

Durante a travessia, não poderia estender a mão para ajudar a ninguém, pois não a soltariam e ficaria presa no rio.

Precisava ter um bom petisco para distrair Cérbero, o cão de três cabeças que guarda a porta do Hades. E enquanto estivesse no palácio de Perséfone, não poderia comer nada, senão ficaria lá para sempre.

Ela seguiu direitinho as instruções e conseguiu da Rainha uma caixinha com seu sono de beleza.

Enquanto isso, Zeus foi pessoalmente ao palácio de Afrodite exigir que ela soltasse Eros (que estava preso, lembram?) e parasse de vez com essa vingança sem sentido. 

Além disso, Zeus achava ótimo que Eros se casasse mesmo, porque assim pararia de causar tantas confusões amorosas entre os Deuses.

Psique já estava quase chegando ao palácio de Afrodite, mas achou que depois dessa longa jornada precisava se recompor um pouco para poder reencontrar seu marido. Pegar só um pouquinho dessa beleza não faria mal...

Mas quando abriu a caixinha, caiu num sono de morte! Ela não sabia que o sono de beleza das Deusas era demais para uma mortal.

Eros, assim que conseguiu se libertar, saiu voando veloz à procura da esposa. Ele a encontrou a tempo de despertá-la antes que a morte a levasse.

Zeus veio ao encontro do casal e os abençoou dizendo que poderiam morar no Olimpo.  Deu a Psique um pouco de ambrosia e ela se transformou numa Deusa.

Logo que chegaram ao Olimpo, ela deu à luz a trigêmeos! 

A primeira filha, Volúpia, a Deusa da Virtude e da Alegria de Viver.

O segundo filho, o Deus do Prazer. 

O caçula, Eros Segundo, um menino travesso que iria causar muitas confusões amorosas ainda...

E viveram felizes para sempre!


Que história linda, não é? 
Que mensagens ela traz para nós?

Se perdeu a primeira parte, clique aqui.
A segunda, aqui.




Dia Internacional da Mulher

Algum dia haverá meninas e mulheres 
cujos nomes não mais significarão
meramente um oposto do masculino,
mas algo em si mesmo,
algo que faça pensar não em um complemento e limite,
mas apenas em vida e existência:
o ser humano feminino.

Rainer Maria Rilke
poeta alemão
(1875-1926)


 imagens: Pinterest

Você pode passar a vida esperando que
 apenas quando se livrar do medo,
quando estiver um pouco mais iluminada,
quando tiver construído a sua auto-estima,
então ...

você vai aparecer e brilhar.

Ou ... 
você pode sair à sua própria maneira,
tornar-se disponível,
e inclinar-se à Luz 
que  te toca agora.

 Chameli Ardagh

Este é um dos lemas do  nosso grupo. 
É o que realmente desejo a todas!


Para saber a origem desta data, clique aqui.




Eros e Psique - Segunda Parte



A angústia de Psique crescia...até que numa noite, enquanto seu marido dormia, ela tomou coragem e acendeu uma lamparina.

Aproximou-se do leito e eis que Oh!....Quem dormia era Eros o próprio Deus do Amor! 

Psique ficou chocada com a descoberta, tremeu. Uma gota de óleo quente caiu no ombro de Eros.  Ele acordou com um grito de dor e ao perceber o que acontecera, saiu voando para nunca mais voltar.

Outra uma vez sozinha, à noite, à beira do abismo...

Amanheceu e Psique saiu do castelo, vagando em desespero por ter perdido seu amor. Seu primeiro impulso foi desejar a morte. 

Atirou-se no rio. 

Mas ele a devolveu gentilmente à margem e lhe disse que se a esposa de Eros morresse ali, ainda mais estando grávida, seria amaldiçoado pelos Deuses.

A aflição da princesa só aumentava, foi se embrenhando na floresta, quem sabe lá encontraria seu fim?

Mas lá encontrou foi o Deus Pã tocando sua flauta...

Ao descobrir a causa do desespero de Psique e seu desejo de morrer, deu uma grande gargalhada e disse: O que é isso menina? Lute pelo seu amor! Vá até o palácio de Hera (a Deusa do casamento) e conte-lhe tudo, ela saberá o que fazer.

Um lampejo de esperança surgiu. Ouvindo a história, Hera compadeceu-se da menina e foi fazer uma visitinha à Afrodite...

Com a insistência da Grande Mãe do Olimpo, Afrodite concordou em receber Psique. Mas não teve a menor compaixão. 

E também não revelou que Eros estava lá. Ele havia procurado a mãe para cuidar de sua ferida e ela o encarcerou no castelo, para que não voltasse à sua esposa.

Disse que se a princesa quisesse rever Eros, precisaria cumprir quatro árduas tarefas (que ela sabia serem impossíveis para qualquer mortal...).

Reunindo toda coragem que ainda restava, Psique aceitou. 


Afrodite então levou-a a um salão repleto de grãos e sementes variadas. Todas misturadas. A primeira tarefa seria separar as sementes até o amanhecer.

Olhou ao redor e começou a chorar...estou perdida...

Mas as formigas que andavam por lá ouviram seu choro e disseram à princesa que descansasse. Num instante, milhares de formigas se reuniram e trabalharam diligentemente a noite toda. 

Psique estava esgotada e adormeceu. Despertou com Afrodite abrindo a porta do salão e dando um grito de espanto.

Pilhas e pilhas de sementes cuidadosamente separadas por tipo e tamanho! Nenhum mortal conseguiria isso!

Passou a segunda tarefa à princesa, pensando: "Desta vez ela não vai conseguir..."

Você deverá trazer para mim a lã de ouro dos Carneiros de Fogo que vivem à beira do rio.


Estes carneiros eram gigantes e ferozes, poderiam facilmente matá-la.  Ela os avistou e escondeu-se entre os caniços do rio, tremendo de medo...

Os caniços tiveram pena da jovem e sussurraram ao seu ouvido: "Espere...ao meio dia eles dormem...você poderá pegar os tufos dourados presos nos arbustos..."

Ela ficou quietinha esperando a hora mais quente do dia e quando adormeceram, com todo cuidado pegou alguns tufos de lã e levou para a Deusa.

Ah...mas Afrodite exigiu algo ainda mais difícil. Trazer um jarro das  águas da nascente do rio Estige. 

As pedras escorregadias na beira de um despenhadeiro e os dragões que vivem ali se encarregariam de matar a princesa.

Psique viu a altura das pedras. Seu ventre redondo com o crescimento do bebê tornava a escalada impossível.

E agora?

Logo, logo, vem o post com o final da história...

Se perdeu a primeira parte, clique aqui
Para ver o final, aqui




Eros e Psique - A Mais Bela História de Amor da Mitologia Grega - Primeira Parte



Esta é uma história de encantamento. Traz vida longa e boa sorte a todos que a escutam ou leem.

Há muitos e muitos séculos, havia um Rei que tinha 3 lindas filhas. Mas a caçula, chamada Psique (Alma, em grego), era de longe a mais bela. Tão bela, que as pessoas vinham de longe apenas para admira-la. Diziam que era a própria encarnação de Afrodite, a Deusa da Beleza.

Os anos passaram, as meninas cresceram, as duas irmãs mais velhas encontraram ótimos pretendentes e se casaram. E Psique, que era deslumbrante, continuava solteira. Porque os príncipes ao vê-la, ficavam em um estado de deslumbramento tal, que queriam apenas adorá-la como se fosse uma Deusa.

Essa intensa peregrinação ao palácio onde Psique morava, chegou aos ouvidos dos Deuses, ou mais precisamente, da Deusa Afrodite, que se sentiu ultrajada: "Como assim? Ousam adorar uma mortal como se fosse eu?"

Afrodite então chamou seu filho Eros (o Deus do Amor) e pediu que alvejasse Psique com uma de suas flechas, para que ela se apaixonasse por um monstro. Assim estaria vingada.

Eros foi até o palácio, preparou seu arco, mas quando avistou Psique ficou pasmo por tanta beleza e acidentalmente furou seu dedo com uma das flechas. O resultado....perdidamente apaixonado por ela!

Voltou para casa e relatou o acontecido para sua mãe, que nem preciso dizer, ficou mais possessa ainda! Ela enviou uma terrível praga ao reino de Psique como vingança.

O Rei, pai da princesa, vendo a calamidade em seu reino foi ao templo consultar o Oráculo, para saber a causa desse sofrimento. O Oráculo relatou que o motivo era a ira de Afrodite que se sentia ultrajada pela beleza de Psique. A única saída seria sacrificá-la ao monstro que vivia no abismo nos limites do reino.

O Rei entrou em desespero, chorou, clamou, mas o Oráculo foi implacável: Sacrificar a princesa ou todos morrerão.

Depois de muitas lágrimas, formou-se um cortejo para acompanhar a princesa até o abismo, onde realizaria sua núpcias de morte. Ela foi deixada sozinha, à noite, à beira do abismo. 

Quando esperava pelo pior, um vento suave a ergueu e a carregou até um lindo castelo. Seres invisíveis serviram boa comida, bebida e tocaram música. Em seu quarto havia um banho quente e lençóis macios, ela adormeceu.

De madrugada, o noivo chegou. Ela ficou com medo, mas uma voz suave a tranquilizou e as carícias despertaram seu desejo. Uma noite de deleite se seguiu, mas antes do amanhecer o noivo foi embora.

Passava os dias acompanhada por seres invisíveis que a atendiam, mas ansiava pela noite...pelos prazeres que a visita de seu marido proporcionava. No entanto, ele sempre ia embora antes do amanhecer e ela nunca vira seu rosto.

Apesar disso, estava apaixonada e feliz. 

Com o tempo, a saudade da família apertou, queria dizer a eles que estava viva e bem. Tomou coragem e falou desse desejo ao marido. Ele acolheu sua vontade, com a condição de que ela, em hipótese alguma poderia ver seu rosto.

No dia seguinte, Zéfiro (o Deus dos Ventos) trouxe suas irmãs para visitá-la em seu maravilhoso castelo. Elas se abraçaram e se emocionaram...Psique lhes contou sobre sua vida ali, sobre como estava apaixonada por seu marido e era feliz. 

As irmãs ficaram intrigadas com o fato dela não poder ver o rosto do marido: E se você estiver dormindo com um ser monstruoso? Você precisa saber com quem está vivendo! 

Psique dizia às irmãs que ele era muito gentil, realizava todas as suas vontades, mas elas insistiam que deveria encontrar uma maneira de vê-lo. Logo elas foram embora, mas a semente da dúvida já estava brotando em Psique. 

Nesse ínterim, começou a desconfiar que talvez estivesse grávida. E se ele for realmente um monstro? E se eu der à luz um ser horrível? 

O que fazer?

Se você fosse a princesa, o que faria?

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